Numa época em que somos surpreendidos por novidades a todo momento, algumas coisas parecem perder sentido e significado. Não notamos, mas, lentamente, sem que venhamos a dar conta de todo processo, a dependência das práticas espirituais é substitituída pela dependência cintífica e outras de menor calibre. São tempos difíceis e trabalhosos! Nosso desafio é continuar a manter-nos dependentes de Deus e da oração nesse contexto técnico-científico permanente.
Mesmo assim, é surpreendente a busca popular por alternativas religiosas que apontem para o auto-conhecimento e o contato com o desconhecido. Diríamos que a religiosidade não saiu de moda; mas, a crença que está fazendo a cabeça do homem moderno é a crença em si mesmo. Milhares de anos se passaram desde o episódio do Éden, mas continuamos a ouvir os ecos da serpente até hoje, sugerindo que gente de carne e osso pode ser igual a Deus.
Quem precisa orar, quando se acredita que pode resolver tudo sozinho? Quem precisa orar, quando seduzido pela ilusão da autosuficiência, se acredita não precisar de ninguém exceto de si mesmo? Quem precisa orar, quando se acredita em liberação de energia interior e coisas do gênero? Quem precisa orar, quando se crê na possibilidade de um universo sem Deus? Este é o nosso mundo. Estas são as seduções antigas travestidas de modernidade. Você já pensou sobre o quanto pode estar sendo afetado por toda esta avalanche de idéias? Já pensou que a fragilidade da sua vida de oração pode estar relacionada à esta ação maligna?
Vamos orar!