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ESPIRITUALIDADE FAJUTA

seguimentoTodos os anos, governos dos mais diferentes países contabilizam enormes prejuízos causados pela indústria da pirataria. Na lista dos produtos mais falsificados estão: calçados, celulares, câmeras, computadores, camisetas, produtos desportivos, cosméticos e objetos de luxo… A lista é tão grande que seria um autêntico despautério tentar finaliza-la. Mas, há uma falsificação que não dá cadeia, ninguém liga pra ela e para a qual a polícia federal não arquiteta nenhuma operação especial: a falsificação espiritual.

Provavelmente, entre testas franzidas e bocas ligeiramente entreabertas, a pergunta que esteja na mente dos meus fiéis leitores seja: “O que é que ele está tentando dizer?” Vou explicar: O ambiente religioso é altamente artificial. Na maior parte do tempo, corremos o risco de representar um personagem que passa muito longe do real. Assim, estamos sempre flertando com a tentação de mostrar um desempenho que não temos, ou tentando construir uma imagem que define muito mais o que gostaríamos de ser do que somos de fato. Isto tem me levado a dizer algumas vezes que bem-aventurados são os autênticos, porque a coerência entre o que falam e o que vivem, os recomendará. Mas, se existe uma espiritualidade falsificada é porque deve haver uma verdadeira. E, se há uma verdadeira, como expressa-la autenticamente?

Tema a Hipocrisia

A se julgar pelo teor e a força das denúncias de Jesus ao estilo fariseu de ser e viver a espiritualidade, devemos temer todo o tempo a HIPOCRISIA. Na verdade, a hipocrisia me aterroriza. Talvez seja por isso que não consigo deixar de confessar pecados, os “mínimos” até; também não consigo deixar de tentar passar uma idéia real de quem sou: fraco. Não se iluda com o que escrevo, no que creio ou tento comunicar. É em extrema fraqueza que o faço. Foi a maneira que encontrei para vencer a hipocrisia e continuar a jornada ladeado pela autenticidade. A espiritualidade cristã verdadeira não é fruto das intenções, mas da coragem de gritar por misericórdia e admitir a própria cegueira.

Quem ler, entenda! Qualquer dúvida, pergunte!

Com amor e carinho,

Pr. Weber

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