Salmo 17:15 “Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, me satisfarei com a tua semelhança.”
Há alguns dias, recebi um vídeo ontem a noite pelo WhatsApp. Já havia visto antes. O vídeo é uma propaganda com uma mulher de vestido vermelho e grávida. Enquanto falava, ela se transformava em homem e de volta em mulher ao passo que sua barriga ia crescendo, demonstrando uma suposta progressão na sua gestão. A mensagem era confusa e desconcertante. Assim que terminou, o vídeo seguiu com inúmeras denúncias de líderes tanto católicos quanto evangélicos. Chamaram a emissora que produziu o vídeo de falsa, suja e daí para muito pior. O vídeo era absurdo. E a resposta foi compreensível. Houve até demonstrações de intenção de boicote da emissora.
Na antiga Grécia, berço do teatro como o conhecemos, personagens usavam as tão emblemáticas máscaras (literalmente chamadas de “hipócritas”) para demonstrar se as falas do ator eram alegres ou tristes e se a peça era uma comédia ou uma tragédia. Desde então, todo tipo de entretenimento teatral emprega artifícios que cobrem o ator de ares e de uma farsa (no bom sentido) que mascara o ator por traz do personagem.
Mas uma coisa engraçada acontece quando o ator sai de por traz da máscara e milita em favor de alguma causa que é obviamente absurda. A máscara cai. E a farsa do seu ofício ficam patentes. Assim foi com o ator que protagonizou o filme “Tropa de Elite”. Ele se recusou a fazer o papel de Sérgio Moro num filme, pois se disse incapaz de representar uma pessoa que ele considerava imoral. No entanto, esse mesmo ator fez o papel de Pablo Escobar, o maior traficante da história. A máscara caiu, e com ela toda a falsidade da sua profissão.
Vejo um benefício nesta falência da farsa. Pessoas estão ficando menos influenciáveis pela palavra de celebridades. A mídia está se enfraquecendo. E pessoas estão repensando suas vidas, espero. No âmbito da fé, isto pode ser muito benéfico. Pode levar pessoas a voltar ao cultivo da sua própria mente e vida. Sim, pois a vida que vivemos é muito mais real e importante do que toda a farsa da mídia teatral. Gastamos tempo demais em coisas que nada acrescentam. É hora de pegar um livro, fazer um curso, ou ainda, ter uma boa conversa com os que são queridos. É hora de voltar às coisas que, de fato, importam.