Imagina se um argentino chegasse ao Brasil se dizendo conhecedor do povo brasileiro sem nunca ter visitado a nossa terra. Agora, imagine uma conversa com este argentino que revelasse que nunca nos visitou, nunca assistiu a um programa de televisão nosso, nem tampouco leu um autor brasileiro.
“Mas, como? Como pode se dizer conhecedor do povo brasileiro? Conhece então brasileiros que moram na Argentina?” Também não.
Ao longo da conversa o argentino em questão revela que tudo o que ele sabe sobre brasileiros aprendeu de outros argentinos. Pessoas que torcem contra nós nas arquibancadas, pessoas que já tiveram experiências ruins com turistas brasileiros abusados e notícias sobre nós pelo ponto de vista dos jornalistas argentinos.
Absurdo! É mais do que óbvio que nunca poderia nos conhecer por esses meios. É fácil enxergar o absurdo de tal afirmação. O que é difícil enxergar, mas que acaba obedecendo o mesmo raciocínio, é o que pessoas pensam sobre outros pontos de vista teológicos – que diferem e até contrariam os seus.
Calvinistas, por exemplo, são objeto de muito desprezo da parte de pessoas que costumeiramente nunca leram os livros de um calvinista, para não falar dos livros do próprio Calvino. Não obstante esta falta de contato direto, muitos condenam o calvinismo, simplesmente por força do que já foi falado por não-calvinistas sobre os calvinistas e sobre o calvinismo.
Somos formados por preconceito, que é uma posição sem o benefício de informação, o que leva à incompreensão. Coisa feia. Quer agir de modo bíblico? Então passe a buscar se informar nas fontes corretas antes de emitir uma opinião teológica.
Na paz,
+W