Ultimamente, tenho pensado muito sobre os transtornos causados por personalidades deformadas. É difícil admitir o quanto fomos afetados pelo pecado, especialmente sobre a sua direta influência na nossa maneira de ser, ver, comportar-se e interagir com o mundo a volta. Devo dizer que ao longo desse processo reflexivo, não tenho descoberto nada que pudesse ser classificada como uma novidade, talvez seja porque o homem não é um projeto recente. Mas, não posso negar sobre o quanto tenho ficado impressionado com a tendência insistente de quase todos quererem negar quem são, e do fraco poder de reação da maioria na busca por uma vida transformada.
Observo que todos preferem acreditar na mentira de que Deus os fez do jeito que são, quando na verdade, cada um de nós foi forjado no calor dos fornos da pecaminosidade. Somos o resultado da nossa aberta rejeição à Deus e aos Seus ensinamentos. Essa nossa incurável atitude de isolar-se; de não se relacionar; de resistir aos desdobramentos da vida comunitária; ou por outro lado, o desespero causado por um ambiente silencioso e a solidão de uma noite fria e chuvosa, definitivamente, não faziam parte dos itens do check list de Deus. Mas, como levar as pessoas que amamos a entenderem que o Senhor deseja transformar suas personalidades? Como fazê-las reagir para que tenham uma vida melhor? Como levá-las a aceitar que existe uma maneira saudável e equilibrada de viver, além dos seus padrões pessoais de conduta?
Essas perguntas não me deixam sossegar o coração. Como pastor, também questiono e procuro diligentemente por respostas. Sou como todos. Também sento no meio fio com a cabeça entre as mãos em busca de sentido; também lamento sobre a minha impotência e sofro pelos que amo, e não tenho vergonha disso. Assumir minha falta de vocação para a onipotência me torna “um” com a minha congregação. Além disso, acredito que o melhor lugar para se receber direção sobre temas e assuntos que não sabemos como tratar é o da sincera confissão da fraqueza e limitação. Deus não caminha ao lado de quem acha que pode, que tem todas respostas, e sofre de messianidade. Na verdade, Ele se põe ao lado dos humildes, duvidosos, fracos e com aqueles que seguem pela vida com uma lista de “não sei” no bolso.
O que tenho aprendido ao tratar com as pessoas no meu dia-a-dia é que lhes falta um poder de reação. A passividade geral quanto ao enfrentamento consciente das deformações do coração é sem dúvida a principal razão da perpetuação desses nós cegos localizados entre a alma e o espírito. Mas, sabe o que é isso? Isso é a falta de coragem de chamar o pecado pelo nome, de assumir a imagem de fraqueza quando todos a volta precisam ver força em alguém. Não há nada mais anticristão do que esta patética representação teatral do personagem religioso perfeito. Reaja e lute destemidamente contra os seus transtornos de comportamento. Fingir não ajuda.
- Reaja reafirmando à Deus e aos homens que é pecador e não está confortável com a maneira que você tende a responder aos estímulos da vida.
- Ore com humilde coração admitindo precisar de ajuda.
- Confesse o seu pecado e aceite que o espírito Santo pode influenciar sua personalidade.
- Busque seriamente ao Senhor por crescimento e progresso na fé, a fim de que você possa ter a certeza de que prossegue para alcançar a estatura de varão perfeito em Cristo Jesus.
- Jamais se esconda por trás das árvores com desculpas e justificativas bem elaboradas como fez Adão.
- Tenha coragem de dizer: Eis-me aqui Senhor, pequei!
- Não duvide de que Deus é detentor de todo poder e autoridade, logo, que pode reconstruir sua vida emocional e espiritual.
- Jamais tente posar de santarrão. O farisaísmo hipócrita e doentio é o próximo estágio.
- Aprenda a admitir que você está em aperfeiçoamento; mas, tenha a certeza de que isso esteja a acontecer com você.
- Ame a Deus!
Com amor e carinho,
Pr. Weber