Me converti muito jovem. Ganhei minha primeira Bíblia aos dezesseis anos. A igreja sempre fez parte da minha vida. Fiz amigos, aprendi a falar em público, tomei conhecimento de alguns personagens da história, me casei, aprendi o valor das virtudes, peguei pela primeira vez em algumas ferramentas e tive o meu olhar despertado às necessidades humanas. Hoje envelheço, na igreja. Tudo de bom que aconteceu comigo se mistura com a igreja. As histórias que tenho pra contar, alegres e tristes, aconteceram no meio de assuntos próprios da igreja. Como a amo! O desprezo por ela me dilacera; o jeito com que a tratam ou falam dela me deprime; e a total falta de apego por ela já quase me fez desistir dessa geração. Por favor, não despreze a igreja.
Desprezamos a igreja quando não oramos por ela;
…quando a transformamos num teatro ou qualquer coisa que ela não é;
…quando lembramos dela apenas no Domingo;
…quando a tiramos da nossa agenda;
…quando concentramos nossos esforços fora dela;
…quando a abandonamos;
…quando a esquecemos;
…quando insistimos em perseguir e satisfazer nossos instintos mundanos sob o pretexto de contextualizá-la.
O desprezo pela igreja me mata um pouco todo dia.
O tempo já não me favorece como outrora e isto não é nada bom para a esperança. Por outro lado, cria um senso de maior dependência de Deus e robustece a fé, acentuando a lembrança de que ela tem um Senhor. Isso me consola, pois se tiver que assistir o seu juízo e o de todos que tanto a maltratam, será porque o Eterno assim o quis.
Amigos, amem, orem, e vivam intensamente a vida da igreja.