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Irrelevância

homers-brainDizem que a tarefa jornalística é noticiar o que acontece no país e no mundo. Entretanto, o compromisso com a ética e a imparcialidade de qualquer que seja o órgão divulgador da notícia, não a torna relevante. Por vezes estou lendo o jornal ou assistindo a um telejornal e me encontro a questionar: Pra que serve isto? Nestas ocasiões, tenho a sensação de estarmos todos metidos num vácuo onde o que predomina é a futilidade e a irrelevância, gerando um estado tal de entorpecimento mental no qual a inteligência parece ter sido inibida.

Infelizmente, este não é um fenômeno que atinge apenas os grandes veículos de comunicação. O mundo e seus cidadãos, de repente fizeram opção pelo vazio. Pensar tornou-se uma raridade. Os discursos ficaram intragáveis; os diálogos, às vezes, intoleráveis; e até mesmo aqueles que potencialmente poderiam equilibrar o prato da balança, também são capturados e seduzidos por esta tendência. É triste, mas é verdade!

Nada escapa desta preferência pela irrelevância. As artes, a política e a religião, fizeram um pacto para privilegiar a tolice. A maior parte dos recordes parece ter alguma relação com o irrelevante: o campeão de votos, a música mais pedida, o livro mais vendido, a música mais tocada… De vez em quando sou surpreendido por uma dessas figuras famosas, totalmente configuradas à sua própria tribo: calças caídas ao meio do glúteo, andar desconjuntado, discurso em código próprio (como se fosse um dialeto), e o pior de tudo é que isto parece ser uma receita de sucesso. Meu Deus, este é um mundo dominado pela imbecilidade e eu estou me movendo nele!

A prática não é diferente no meio religioso, em especial entre os evangélicos. Na verdade, os estereótipos aqui seguem as mesmos tendências de lá no que tange ao figurino, dialeto próprio e muita, muita irrelevância. Pregações vazias; comportamentos insanos; músicas com ênfases espíritas; superstições… Mesmo para o mais desatento, é notório o domínio deste gênero de comportamento. Como pastor, tento avisar aos jovens da igreja para que não se deixem capturar por esta burrice crônica que está no ar; tento avisar aos pais sobre a necessidade de serem leitores mais fervorosos, especialmente da Bíblia; tento despertar a congregação sobre a importância do resgate bíblico e histórico da nossa fé; esforço-me ao máximo para trazê-los ao que é puro, honesto, de boa fama, porém a irrelevância parece exercer fascínio maior. Todavia, não devemos nos cansar de promover a reflexão; de insistir na produção do que seja relevante; de privilegiar, seja nas urnas ou na simples compra de um livro, a relevância. Só assim teremos país relevante, igreja relevante e vidas que realmente fazem a diferença.

Com amor e carinho,

Pr. Weber

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