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Como um professor deve administrar seu tempo | Por Gabriel Carvalho

“Tempo é dinheiro”, diria o provérbio popular. O fato é que tempo pode ser muita coisa. Em outras palavras, a forma como administramos nosso tempo pode nos direcionar para caminhos diversos, dependendo daquilo que se torna nossa prioridade em nossas agendas. Muitos excelentes professores sofrem por conta de pequenas coisas. E uma delas é a administração do tempo.

Hoje em dia os grandes centros de formação de professores focam em muitos assuntos relacionados diretamente com a prática da sala de aula, e muitas vezes assuntos considerados secundários são deixados de lado. A administração do tempo é um assunto importantíssimo para o professor. Não é possível mais que percamos tempo ser aprender a respeito do tempo. É essencial que isso seja bem estudado por todo professor que deseja melhorar seu desempenho.

Em primeiro lugar, a Palavra de Deus nos orienta a listar nossas prioridades: “Busquem, pois, em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6.33). Uma primeira verdade que precisamos reconhecer é que tempo é prioridade. Aquilo a que devotamos nosso tempo, isso é nossa prioridade. Se não temos tempo para algo, é porque aquilo não é prioridade para nós. Pode parecer forte e duro ouvir isso, mas muitas vezes não sobra tempo para nossa família ou para Deus em nossas agendas, e isso significa falta de prioridade nas coisas mais importantes. Por isso é urgente um exercício de remodelamento de nossas agendas semanais.

Além disso, as Escrituras nos aconselham a não perder tempo com futilidades: “Evite as conversas inúteis e profanas, pois os que se são a isso prosseguem cada vez mais para a impiedade” (2 Tm 2.16). A vocação magisterial é exigente. Não há tempo para distrações ou coisas sem sentido. Não dá para viver compartilhando memes ou stalkeando pessoas no Instagram. O tempo de um professor é muito precioso para coisas sem valor como essas. Afastar-se das futilidades é um estupendo sinal de maturidade em relação ao assunto do tempo e da agenda.

A Bíblia também nos ensina que devemos focar nossos esforços em atividades proveitosas: “Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças” (Mt 9.35). Aqui, o Senhor nos mostra que devemos ser produtivos e frutíferos em nossas ações, e nas responsabilidades que foram concedidas a nós. O professor preguiçoso ou procrastinador é uma contradição de termos, e é um sabotador de sua própria vocação.

Devemos também viver o hoje, e não nos gloriar no dia de amanhã: “Não se gabe do dia de amanhã, pois você não sabe o que este ou aquele dia poderá trazer” (Pv 27.1). Os tempos em que vivemos tornam esse versículo mais atual que o jornal de amanhã – ninguém pode garantir o que ocorrerá ou deixará de ocorrer no futuro, então precisamos estar preparados, organizados, prevenidos sempre que possível em relação às nossas tarefas e incumbências.

Também precisamos ser zelosos com o horário, cultivando uma cultura de pontualidade: “Nunca lhes falte o zelo” (Rm 12.11). Pessoalmente, creio que a pontualidade deveria ser a virtude a ser cultivada em nosso século XXI. Porque a pontualidade traz consigo toda sorte de boas virtudes, e a sociedade pode começar a evoluir como grupo social, começando pelo respeito ao outro, ao chegar no horário para os compromissos.

Por fim, a Palavra de Deus nos orienta a aproveitar todas as oportunidades: “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus” (Ef 5.16). A versão Almeida traz o conhecido termo “remindo o tempo” – utilizando nosso tempo para fazer tudo o que for possível, da melhor forma possível, com o melhor aproveitamento possível, e glorificando a Deus sempre que possível. Administrar o tempo é um desafio, e oro a Deus que você receba uma porção especial de sabedoria para lidar de forma satisfatória com o tempo que você tem. Deus abençoe a sua vida!

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