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Igreja segundo o coração de Deus

igreja-vitralEstou desde muito jovem na igreja. Conheço suas carências e não consigo desviar os olhos dos seus pecados. Na verdade, vivo a maior parte do tempo lidando com o que poderíamos chamar de “suas limitações”, tempo suficiente para constatar que corremos sério risco de esquecer que somos apenas coadjuvantes, em todo o processo de edificação desse patrimônio celestial na terra. Entretanto, mesmo depois de tantos anos envolvido com plantação de novas congregações, ainda não me acostumei ao violento ato de exclusão de Cristo nos processos de edificação das igrejas locais. Pois, se a Igreja de fato é dEle, deveria refletir de alguma forma os Seus anseios. Sendo assim, como ela deveria se parecer? Quais deveriam ser seus objetivos? Para onde ela deveria estar caminhando e com o que deveria estar envolvida?

Bem, antes de oferecer aos meus honrados leitores a conclusão dessa minha meditação, deixe-me afirmar energicamente que não há nada de divino na maior parte daquilo que conhecemos e aprendemos a chamar de igreja. O poder de influência humano nos anais eclesiásticos é assustador, e aqui não levo em conta a questão das estruturas ou governos, mas especialmente as motivações que dão forma visível aos acontecimentos da agenda eclesiástica. Como pastor, luto permanentemente com isso. Mas, as fileiras nas quais travo as minhas maiores batalhas são mesmo as ideológicas.

Não penso que as pessoas responsáveis por fazer a Igreja acontecer, estejam minimamente preocupadas em dar à ela contornos radicalmente bíblicos, especialmente quanto aos conceitos ideológicos que inspiram cada uma das suas atividades. Mas, isto é assunto para um livro e não para alguns curtos parágrafos. Mesmo assim, acho bom pontuar e ressaltar o meu entendimento sobre o que de fato caracteriza uma igreja como uma comunidade de Cristo. Estes são os conceitos que tenho sempre em mente, e que talvez possam ajudar os cristãos que os lerem a tomarem cuidado.

1. Não há Igreja de Cristo sem que que Ele seja o centro. Quer aceitemos ou não, se a motivação por trás do que fazemos for humana, o produto será humano.

2. Não há Igreja de Cristo sem a repetição dos ensinamentos de Cristo. Se a Igreja é de Cristo, o Evangelho proclamado nela, necessariamente terá de ser o de Cristo.

3. Não há Igreja de Cristo sem que as Suas marcas estejam evidentes. Aliás, foi exatamente por isso que os primeiros discípulos foram chamados de cristãos em Antioquia, porque se assemelhavam à Ele.

4. Não há Igreja de Cristo sem que sinceramente nos preocupemos com os mesmos temas que o preocupava.

5. Não há Igreja de Cristo se não nos dispusermos a realmente amar ao Pai, e isso de todo coração, alma, entendimento e força. Vale a pena mencionar que não se trata de apenas fazer a citação do maior mandamento, mas o de ter uma vida dirigida ao objetivo de realmente cumpri-lo.

Seria muito pertinente mencionar que Jesus voltará para resgatar A SUA IGREJA, não a que temos buscado edificar. Essa idéia m faz tremer da cabeça ao pés; a você não?

Reflita!

Com amor e carinho!

Pr. Weber

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