“Portanto, se quisermos ter algum sucesso verdadeiro, nós que somos ministros precisamos nos impregnar daquilo que as Escrituras nos chamam a fazer. Um incidente tocante ocorrido na vida de John Broadus, ex-presidente da Universidade da Virgínia e professor fundador do Seminário Batista do Sul nos Estados Unidos, enfatiza a importância de conhecer a Palavra de Deus. Apenas três semanas antes de sua morte, Broadus ensinava à sua classe. A leitura bíblica era Atos 18.24: ‘Enquanto isso, um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, chegou a Éfeso. Ele era homem culto e tinha grande conhecimento das Escrituras.’ Após ler esse versículo, Broadus disse: ‘Senhores, nós precisamos ser como Apolo! Ter grande conhecimento das Escrituras.’ Mais tarde, um aluno disse que um silêncio caiu sobre a classe durante os minutos que se seguiram, enquanto Broadus, em pé, repetia: ‘Grande conhecimento das Escrituras… grande conhecimento das Escrituras… grande conhecimento das Escrituras.’ É assim que precisamos ser! Como disse Spurgeon certa vez, nosso sangue precisa ser ‘bibliano’. É aí que o sucesso começa e é sustentado.
Assim, a pergunta que aqueles de nós que desejamos ser bem-sucedidos no serviço a Deus precisamos responder é: conhecemos a Palavra de Deus e estamos crescendo no conhecimento dela? Frequentemente, essa é uma pergunta embaraçosa, até mesmo para os pastores treinados em seminário, porque graus teológicos avançados não garantem conhecimento bíblico. De fato, conhecemos pessoas formadas em seminários que nunca leram a Bíblia do início ao fim! Na melhor das hipóteses, a formação teológica pode nos habituar à linguagem, aos detalhes sutis da teologia, aos argumentos gerais dos livros e à metodologia pastoral. Mas ela não pode garantir que realmente conhecemos a nossa Bíblia.
O conhecimento da Bíblia começa com a leitura da Palavra de Deus, e é alimentado por ela. Todo servo precisa ler as Escrituras diariamente, e preferivelmente ler a Bíblia toda pelo menos uma vez a cada ano. Muitos dos servos mais usados por Deus fizeram da leitura e meditação da Bíblia uma parte de suas vidas. Nós conhecemos alguns que leram toda a Bíblia cem vezes — um deles, cento e cinquenta vezes! Diz-se que George Müller leu a Bíblia duzentas vezes. David Livingston a leu quatro vezes seguidas enquanto esteve preso em um povoado na selva. Ele viveu a partir de uma máxima de Spurgeon: ‘Uma Bíblia que está caindo aos pedaços costuma pertencer a alguém que não está.’ William Evans, que no início do século vinte pastoreou a College Church no município de Wheaton, onde agora servimos, memorizou a Bíblia inteira na versão King James e o Novo Testamento na versão American Standard. Billy Graham conta que Nelson Bell, seu sogro que é médico e missionário, determinou-se a ‘levantar-se toda manhã às quatro e meia e passar duas a três horas lendo a Bíblia. Ele não usava esse tempo para ler comentários ou para escrever; ele não cuidava da sua correspondência ou de qualquer trabalho. Apenas lia as Escrituras toda manhã e era uma enciclopédia bíblica ambulante. As pessoas se maravilhavam com a santidade e a grandiosidade de sua vida’.
Companheiros cristãos, o chamado das Escrituras e da vida dos fiéis é para sermos pessoas do Livro! Pessoas que o conhecem e o interpretam corretamente. Se atualmente você não está envolvido com o estudo sistemático, por que não comprometer-se a, no mínimo, ler as Escrituras ao longo deste ano e colocar a sua vida no caminho do verdadeiro sucesso?”