Por incrível que possa parecer para alguns, os tambores de uma bateria produzem notas musicais – por mais que a muitos achem que seja apenas “bum-pá-ta-dum”, ou algo do tipo. Cada tambor tem uma pele bem fina que é esticada por cima dele que pode ser afinada. Por mais que não seja tão óbvio quanto num piano ou um violão, o som produzido é uma nota musical.
Agora, o interessante é o seguinte: se você pegar um tambor afinado numa nota específica e aproximá-lo da sua cabeça e cantar, o tambor reverbera. Porém, se você conseguir cantar a mesma nota que a da afinação do tambor, a pele parece vibrar ainda mais e traz todo o tambor à vida. Quando a frequência do seu canto encontra a mesma frequência da afinação do tambor, passam a vibrar juntas. O mesmo acontece com uma corda de violão.
Em Lucas 1:39-45, temos o breve relato do encontro de Maria e Isabel. Ou melhor, o primeiro encontro de Jesus e João Batista – mesmo que ainda no ventre. Segundo o relato, quando Isabel ouve a saudação de Maria, ela fica cheia do Espírito Santo e a criança em seu ventre pula de alegria ou agita-se, dependendo da sua tradução.
Façamos um paralelo entre a dinâmica do tambor descrita acima e o relato de Jesus e João Batista. Poderíamos dizer que João Batista se agitou pois ouviu uma “mesma frequência” que a sua? Será que, assim como a nota igual do tambor, a frequência “em uníssono” fez com que ele se agitasse e se alegrasse? Creio que sim. Afinal, para quem conhece a história de Jesus e João Batista, já sabemos que a vida de ambos já estava ligada uma à outra. A própria Palavra diz em outro trecho que João seria a voz que prepararia o caminho para a vinda do rei, Jesus.
A partir daí, faço a seguinte pergunta: O que faz seu coração vibrar? O que “vibra na mesma frequência” que o seu coração? Não se engane, não há nada de esotérico aqui, nem uma noção de “vibe” ou energia cósmica ou aura de cada ser humano. A verdade é que todo coração será “agitado” por alguma coisa. Para uns pode ser trabalho ou sucesso, para outros talvez seja prazer sem fim. Esta dinâmica não é exclusiva do cristão, é característica de todo ser humano. Todo mundo se alegra e vibra com alguma coisa diferente.
Continua.