No fim da primeira parte deste artigo sobre louvor e adoração, perguntei: “O que faz seu coração vibrar? O que “vibra na mesma frequência” que o seu coração?”. Vamos retomar esta reflexão:
Falando em notas musicais e o coração do cristão, pensemos a respeito de como o coração do cristão se comporta no louvor. Afinal, sabemos que o louvor é um campo minado no cenário evangélico atual. Uns defendem que devemos ter grupos de dança, pintura, fumaça, lasers e afins enquanto outros querem abolir por completo o uso de qualquer instrumento musical que seja. Mas, seja como for a prática da sua igreja, qual parte do louvor faz o seu coração vibrar? É a batida? É a ausência de instrumentos? É a união das vozes do Corpo de Cristo? É a esperança e paz que vem do sacrifício de Cristo na cruz? O que faz o seu coração vibrar no louvor?
Não se apresse em responder essa pergunta. Infelizmente, o nosso coração é extremamente enganoso e somos frequentemente cegados pelos nossos desejos e anseios. Pense a respeito disso.
Quando Jesus diz à mulher samaritana que o Pai busca aqueles que o adorem em espírito e em verdade, ele está descrevendo pessoas que o adoram no mesmo espírito que o Pai. A Bíblia também diz que não podemos buscar ao Pai se não for pelo Filho, por meio do seu Espírito Santo. Portanto, só busca e adora quem verdadeiramente já foi alcançado pelo Espírito Santo.
Qual é a consequência disso? Quando a voz do Espírito Santo fala e soa uma nota específica, só serão “agitados” os corações que vibram na mesma frequência que Ele. Logo, o verdadeiro louvor só vai trazer alegria àquele que tem em si o Espírito de Deus. O problema é que tem muita igreja com muito coração sendo agitado, mas sem que o Espírito, de fato, esteja falando.
Fica então minha pergunta final. Sem querer soar redundante, mas… O que faz seu coração vibrar? É uma música boa, uma banda redonda? É um groove bacana? É um ritual ortodoxo e regrado? Não se engane, há diversas vibrações e vozes que produzem as mais variadas agitações. Há apenas uma, porém, que de fato traz verdadeira alegria. Somente a voz do rei, entoada pelo seu Espírito, deve ser nossa fonte de alegria.