Você sabe quais as diferenças comportamentais básicas entre uma verdadeira ovelha de Cristo e um cliente? Deixe-me dar algumas explicações preliminares: é que em virtude da completa falta de compreensão da missão da Igreja e dos mistérios que envolvem a igreja local, surgiu no cenário brasileiro o consumidor de produtos e serviços religiosos. Trata-se de uma enorme fatia entre os que cultivam o hábito de participar de encontros e reuniões ditas evangélicas, sem qualquer compromisso com o conteúdo do Evangelho, mesmo porque, não é o Evangelho aquilo que buscam, nem o Evangelho aquilo que ouvem.
Assim, uns fingem que pregam e outros fingem que se convertem, desse modo, ninguém é de ninguém. Esse comportamento deu à luz a uma nova categoria dentro do estrato das espiritualidades, a do CLIENTE.
O cliente é totalmente diferente da ovelha em muitos aspectos. Vejamos:
1. O cliente está em busca de serviço de qualidade – Se a música não o agradar; se o ambiente do culto não for climatizado; se não houver sabonete líquido de qualidade nos banheiros da igreja; se ele não for curado; se a oração do pastor não derrubar alguém; se algo não lhe proporcionar a devida satisfação ele não aparece na próxima reunião, pois tudo o que busca é o seu próprio prazer.
A ovelha não anda em busca de satisfação, mas de segurança e piedosa condução.
2. O cliente não quer, não aceita e não entende o que significa ser pastoreado. Tem um comportamento independente e diz que sabe o que faz e não precisa de pastor para ajuda-lo. Além disso, fala sempre em seu próprio ministério e em si mesmo. Como é dirigido por um senso de independência, nunca submete nada ao pastor, porque é pastor de si mesmo.
A ovelha deseja ser pastoreada. Deseja aprender a caminhar sob o cajado consolador do pastor. A ovelha tem prazer em reconhecer que precisa de ajuda.
3. O cliente nunca parece ter problemas, pois sua aparência vende uma imagem mentirosa de vitória, e como quer defender esta imagem a todo custo, jamais procura o seu pastor.
A ovelha não esconde seus ferimentos, e nas suas lutas angustiosas achega-se para ser tratada.
4. O cliente aparece quando quer e desaparece sem dar notícias. Sua expressão predileta é: sem compromisso.
A ovelha é engajada ao rebanho, mesmo porque, traz consigo a verdade de que não consegue sobreviver fora dele.
5. O cliente é questionador, crítico e impertinente, pois acredita que está ali para ser servido e atendido. Se o pastor tenta corrigir o seu rumo, o cliente procura outra agência de serviços religiosos.
A ovelha é tratável, corrigível e conduzível.
Definitivamente, não quero ser um prestador de serviços, quero ser pastor. Alguém aí quer ser ovelha?
Pr. Weber