A Bíblia não é um manual da sexualidade humana, mas uma simples leitura do livro do Gênesis nos coloca diante de um fato: sexo e sexualidade é um terreno escorregadio e perigoso. O dilúvio veio sobre uma geração que ousou desprezar limites, limites relacionais e íntimos. Mais tarde, descrevendo sobre a conjuntura social da última geração, a Bíblia pronuncia-se dizendo que tais dias serão como nos dias de Noé; dias de casamentos e acasalamentos que não obedeciam a critérios naturais ou espirituais. Seguindo pelo livro do Gênesis, lemos a história de cidades inteiras recebendo o juízo de Deus em virtude da ausência de limites para a expressão sexual, Sodoma é uma delas, de onde orgina-se o termo SODOMIA, referência ao ato sexual anal, o que o apóstolo Paulo mais tarde afirma em I Coríntios 6 que não herdarão o reino dos céus o que tais coisas praticam.
Uma simples avaliação panorâmica do tema nos adverte de que não se trata de um território isolado esquecido por Deus. Sexo é bom, é santo, é divino, mas apenas quando aceitamos ouvir o que Deus tem a falar sobre o assunto. Quando cristãos, com receio de serem vistos como retrógrados ou tradicionais se encolhem e omitem-se a emitir opiniões sobre: adultério, fornicação, homossexualismo, sexo oral e anal, sexo grupal, bestialidades e troca voluntária de parceiros; este silêncio pode ser interpretado como concessão ou aprovação.
Tenho assistido com muita preocupação a abordagem desses temas, através do que leio em publicações cristãs e o que escuto em conversas informais com amigos pastores. Na maior parte das vezes, sobra comentários sustentados por opiniões de médicos, sexólogos e psicólogos, mas falta o mais importante, embasamento bíblico. Me parece que estamos tentando construir uma teologia para dar sustentabilidade moral a atos imorais, ou pelo menos passíveis de serem debatidos em alto nível na esfera eclesial.
Não estou convencido de que a INTERNET seja o espaço que mereça ser eleito como FÓRUM para a discussão desses temas, especialmente, porque acabamos por incluir pessoas que não estão minimamente interessadas em reavaliar as fronteiras da liberdade sexual a partir da moral bíblica, mas, não me omitirei de expor minha opinião quando solicitado.
Acho importantíssimo fazer isto na igreja, através de um ensino bíblico bem fundamentado. Aliás, acho que isto deve ser feito com alguma urgência. Já vejo muitas rachaduras na nossa muralha moral, e se continuarmos tentando encontrar direitos para práticas de sexo oral e anal entre casais cristãos, não sei para onde tudo isto pode nos levar. Mas, será que uma geração que ouve melhor o clamor dos seus desejos antes de avaliá-los à luz das Escrituras, terá autoridade para opor-se a outros pecados sexuais que ameaçam a continuidade da civilização ocidental? É claro que não!