A partir dos anos 90, o banco mundial, na intenção de mudar para melhorar sua política de socorro às nações mais pobres do mundo, decidiu perguntar aos próprios vitimados pela pobreza sobre como eles a interpretavam. O resultado foi este que segue (todas as citações foram retiradas na íntegra do livro WHEN HELPING HURTS -by Steve Corbett & Brian Fikkert).
“For a poor person everything is terrible – illness, humiliation, shame. We are cripples; we are afraid of everything; we depend on everyone. No one needs us. We are like garbage that everyone wants to get rid of”. MOLDOVA
“When I don’t have any (food to bring my family), I borrow, mainly from neighbors and friends. I feel ashamed standing before my children when I have nothing to help feed the family. I’m not well when I’m unemployed. It’s terrible. GUINEA-BISSAU
“During the past two years we have not celebrated any holidays with others. We cannot afford to invite anyone to our house and we feel uncomfortable visiting others without bringing a present. The lack of contact leaves one depressed, creates a constant feeling of unhappiness, and a sense of low self-esteem”. LATVIA
“When one is poor, she has no say in public, she feels inferior. She has no food, so there is famine in her house; no clothing, and no progress in her family”. UGANDA
“The poor have a feeling of powerlessness and inability to make themselves heard”. CAMEROON
“Your hunger is never satisfied, your thirst is never quenched; you can never sleep until you are longer tired”. SENEGAL
“If you are hungry, you will always be hungry; if you are poor, you will always be poor”. VIETNAN
“What determines poverty or well-being? The indigenous people’s destiny is to be poor”. ECUADOR
“What one shouldn’t lack is the sheep, what one cannot live without is food”. CHINA
Na compreensão dos mais pobres, pobreza é o estado de impotência e humilhação causado pela impossibilidade de levantar o próprio sustento. É um estado indigno imposto, em alguns casos por sua nacionalidade e cultura, e em outros por conseqüências históricas. Tudo isto é injusto. Bem, como cristãos, ignorar esta realidade é tentar fazer a leitura da vida olhando através de um funil. O combate ao estado de pobreza do mundo (incapacidade de produzir os recursos para a própria sobrevivência) precisa aparecer nas intenções e planejamentos de cada igreja local. Não inspirado no paternalismo assistencial que causa dependência, mas no suporte à formação humana completa (intelectual, moral, profissional e espiritual). Assim, a ação da igreja deve ser permanente e intencional. Nesse sentido, dar a cesta básica tem seu lugar nesse processo, mas se parar aí, o pobre continuará a ter que conviver ad eternum com a pobreza.
Com amor e carinho,
Pr. Weber Chagas